A boyband norte-americana encheu o Campo Pequeno, em Lisboa, na noite de terça-feira, tendo voltado aos momentos mais aclamados da sua carreira.
A meio do concerto que assinalou o regresso dos Backstreet Boys a Portugal, Kevin Richardson afirmou: "Vamos fazer uma viagem pelo caminho da memória". As palavras não podiam ser mais acertadas. Porque se é verdade que a boyband norte-americana é das poucas da sua geração que nunca chegou a colocar um fim no seu percurso, tendo continuado a lançar novos discos nos últimos anos, o que aconteceu no Campo Pequeno, em Lisboa, foi, acima de tudo, um exercício nostálgico.
Não apresentaram um espetáculo visual muito rebuscado, ao contrário de outros "rivais" que caminham no mesmo campeonato da pop mainstream. Além dos jogos de luzes e da projeção de uns vídeos perfeitamente esquecíveis, as duas horas de concerto focaram-se apenas nos cinco elementos dos Backstreet Boys, que se apresentaram sem banda em palco (ainda que, em determinados momentos, tenham eles mesmo pegado nos instrumentos).
No entanto, esse aspecto não pareceu incomodar nenhuma das pessoas que encheram o Campo Pequeno na terça-feira, já que também elas acorreram a este espaço lisboeta para, de certa forma, reviver memórias da sua infância e adolescência, quando canções como As Long As You Love Me ou I Want It That Way reinavam o mundo pop.
Esse exercício nostálgico passou pelas próprias coreografias, já que apenas os temas que fizeram parte da "primeira vida" dos Backstreet Boys contaram com esses momentos habituais de dança (que muito caracterizam o género de boybands nascidas na década de 1990). Quando se entregavam às novas canções as coreografias já não eram necessárias. E ainda bem, porque hoje estes cinco cantores já não são os mesmos adolescentes que foram um enorme fenómeno na segunda metade dos anos 1990.
O alinhamento foi concebido de forma habilidosa, predominando sucessos de antigamente, mas intercalando-os com várias das novas canções. Estas convivem harmoniosamente com os temas do passado e algumas delas provam que a banda não deve ser, de todo, remetida à nostalgia, como é o caso de Permanent Stain ou In A World Like This.
Postado originalmente por DN Artes
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